Petição Pública criada pelos artistas de Petrolina contra a Lei Municipal nº 3.012/2018 ganha repercussão nacional

No dia 25 de Abril de 2018 foi sancionada pela Câmara Municipal de Vereadores de Petrolina, PE a Lei nº 3.012/2018, que estabelece um clima de censura previa nos aristas da região, pois proíbe jovens menores de 18 anos autorizados pelos responsáveis a terem acesso a espetáculos ou exposições  artísticas que contenham nudez e conteúdo  imoral, retirando dos pais a capacidade de julgar o que se é bom para a educação dos filhos colocando  essa tarefa na mão do município. Usando de palavras genéricas a referirem-se aos termos "nudez e imoral" a lei de autoria do vereador Rodrigo Teixeira Araújo (PSC) vai contra o artigo 5° da Constituição que garantem o direito à livre manifestação do pensamento e à liberdade de expressão.

Foto: Lizandra Martins

O manifesto contra a censura no Vale do São Francisco já alcançou rádios, blogs e jornal com intuito de informar à população o que acontece na cena artística da cidade, que já é tão negligenciada pelo poder público local. A união dos artistas de teatro, dança e artes visuais ganhou fronteiras e agora chega a públicos fora de cidade de Petrolina, começando pela capital, Recife, através de Leidson Ferraz, ator e jornalista nascido em Petrolina, mas radicado na cidade de Recife. A divulgação do manifesto iniciada na capital rompe as barreiras do estado de Pernambuco, sendo assinada por artistas como: Cissa Guimarães, Guta Stresser, Lucélia Santos, Antônio Grassi, Edwin Luisi, Narja Tureta, Chico Pelúcio, Eliane Giardini, Dira Paes, Ângela Vieira, Newton Moreno e Malu Mader.

Foto: Lizandra Martins

A classe artística da cidade de Petrolina se vê muito feliz e agradece a todos outros amigos artista que assinaram a petição que ainda está à disposição na internet, agradece também a população simpatizante por apoiar a causa, que mesmo acontecendo no interior de Pernambuco alcança o Brasil como um todo. Arte tem função libertadora, tem poder de transformar o individuo em um ser crítico, talhar essa voz é também talhar todo esse poder, é alienar o cidadão e moldá-lo dentro de um padrão conservador.

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